quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Obra de Uma Vida: Patrick Swayze


Patrick Swayze, ator, bailarino, ginasta, cantor, coreógrafo e compositor, nos deixou nesta segunda-feira, 14 de setembro de 2009. Seguindo o exemplo do texto que fiz na época da morte de Michael Crichton vou usar este espaço para relembrar o trabalho de Swayze:

- Em 1972 ele era o principal bailarino da Elliot Feld Ballet de Nova York, quando teve que aposentar as sapatilhas prematuramente devido à uma velha lesão de quando jogara futebol americano na escola.
Passou então a estudar representação.

- Após pequenos papéis no cinema, começou a chamar a atenção em 1983 como o líder de uma gangue no seriado de TV Renegades.

- Seu primeiro grande trabalho no cinema foi como um jovem de um grupo adolescente rebelde no clássico Vidas Sem Rumo de 1983, dirigido por Francis Ford Copolla, e co-estrelado por vários outros astros em ascenção nos anos 80 como C. Thomas Howell, Ralph Macchio, Rob Lowe, Emilio Estevez, Tom Cruise e Matt Dillon.

- Participou do filme de guerra De Volta Para o Inferno, de 1983, ao lado de Gene Hackman.

- Co-estrelou em 1984 a ficção de ação Amanhecer Violento, com C. Thomas Howell, Charlie Sheen, Lea Thompson e Jennifer Grey, que fez pela primeira vez seu par romântico num típico filme da guerra fria, que mostrava um grupo de estudantes criando uma guerrilha para lutar contra comunistas cubanos que invadiram sua cidadezinha nos EUA.

- Atuou com sucesso na mini série de tevê Norte e Sul, sobre a Guerra Civil americana, em 1985, ao lado de Keanu Reeves e de grandes nomes do Cinema como Elizabeth Taylor e Robert Mitchum.

- Fez um jogador de hóckei em Veia de Campeão, de 1986, com Rob Lowe e Keanu Reeves.

- Estrelou em 1987 o clássico sucesso musical Dirty Dancing - Ritmo Quente, onde vivia um instrutor de dança de um hotel que se apaixonava por uma jovem rica vivida por Jennifer Gray, além de participar da trilha do filme com a canção She's Like the Wind. Foi indicado pela primeira vez ao Globo de Ouro.

- Ainda em 1987 protagonizou como um solitário guerreiro de um mundo pós-apocalíptico no filme de ação Crepúsculo de Aço, contracenando com sua esposa na vida real, Lisa Niemi, com quem viveu praticamente a vida toda.

- Interpretou um ex-viciado em conflito com a família em O Tigre de Varsóvia/ O Tigre de 1988.

- Protagonizou o filme de artes-marciais Matador de Aluguel, de 1989, como um leão-de-chácara de uma casa noturna que, ao contrário do que indica o título brasileiro, é conhecido por brigar sem matar. Embora o filme seja popular, não foi bem visto pela crítica e ele foi indicado ao Framboesa de Ouro.

- Fez também em 1989 Marcados Pelo Ódio, como um policial de Chicago que busca fazer justiça contra os mafiosos que mataram seu irmão. Mesmo trabalhando com um grande elenco de nomes como Liam Neeson, Helen Hunt, Adam Baldwin e Bill Paxton, o ator foi também indicado ao Framboesa de Ouro por este papel.

- Estrelou em 1990 o clássico romântico e estouro de bilheteria Ghost - Do Outro Lado da Vida, de Jerry Zucker, como um homem que é assassinado a mando do melhor amigo e cujo espírito tenta salvar a vida da mulher que ama com ajuda de uma médium picareta. Indicado novamente ao Globo de Ouro e também ao Saturn Award, marcou pra sempre seu nome na história do Cinema numa inesquecível parceria romântica com Demi Moore e numa parceria hilariante com Whoopie Goldberg, que valeu a ela o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e ao filme o Oscar de Melhor Roteiro Original.
Curiosamente, Swayze ficou com o personageml após a recusa de inúmeros astros de Hollywood que não queriam interpretar um fantasma.

- Viveu um de seus papéis mais marcantes como um surfista anarquista líder de uma quadrilha de ladrões de banco que tem intensa amizade/rivalidade com o policial interpretado por Keanu Reeves em Caçadores de Emoção de 1991.

- Dirigido por Rolland Joffé, teve outra interpretação marcante como protagonista do filme francês Cidade da Esperança, de 1992, como um médico norte-americano que larga a profissão após a morte de um paciente e, ao viajar para Calcutá, se depara com a pobreza e miséria do povo da Índia, o qual se dedica a ajudar.
Durante as turbulentas filmagens a equipe teve que enfrentar, entre outros problemas, seis atentados a bomba no set.

- Estrelou em 1993 a comédia com toques dramáticos Um Pai Fujão, junto com Halle Berry, como um malandro que abandona os filhos com o Estado após a morte da esposa e anos depois, ao revê-los, decide fugir com eles estrada à fora, mesmo perseguido pelas autoridades, ao descobrir que eram mau-tratados no orfanato.

- Atuou em 1995 na surreal fábula Super-Heróis do Oeste/ Pecos Bill - A Lenda do Oeste, no papel de Pecos Bill (lendário personagem do folclore do velho oeste) que, ao lado de seus companheiros e seu valente cavalo Fazedor de Viúvas, salta de dentro de uma história cavalgando um ciclone para ajudar um menino cujas terras da família estavam sendo ameaçadas por bandidos.

- No mesmo 1995 surpreendeu o mundo ao interpretar um drag queen que atravessa o país na estrada com seus colegas e causa alvoroço numa pequena cidade na comédia Para Wong Foo, Obrigada Por Tudo! Julie Newmar, ao lado de outro "durão feminilizado" Wesley Snipes e de John Leguizano. Sua interpretação no filme lhe valeu uma teceira indicação ao Globo de Ouro.

- Ainda em 1995 interpretou um estranho na década de 50 que é acolhido por uma família cujo pai desapareceu na Guerra da Coréia e que se propõe a realizar três desejos das crianças no elogiado drama Três Desejos, co-estrelado por Mary Elizabeth Mastrantonio.

- Em 1998 fez o filme de ação Estrada Alucinante como um caminhoneiro que leva sem saber um carga de armas ilegais cobiçada por muita gente, enquanto sua família é pega como refém.

- Também em 1998 o astro fez o trailer policial Cartas de Um Assassino, onde vive um condenado à morte que se corresponde amorosamente com quatro mulheres que não sabem da existência uma da outra. Quando de repente ele é inocentado e solto sua vida dá mais uma reviravolta inesperada ao ser ameaçado de morte por uma das mulheres, enquanto outra delas é assassinada para incriminá-lo.
Durante as filmagens sofreu um gravíssimo acidente com um cavalo onde foi arremessado contra uma árvore e teve as duas pernas esmagadas, uma lesão no ombro e um dedo decepado.

- Após um longo período de recuperação, atuou em 2000 na produção alemã Eternamente Lulu, com Melanie Grifith e Penélope Ann Miller, aonde vive um homem em crise no casamento que reencontra a ex-namorada da faculdade que saiu de uma clínica psiquiátrica. Ele acaba caindo na estrada (de novo!) com as duas atrás do filho que não sabia que tinha tido com a ex.

- Fez um sargento que faz amizade com refugiado vietnamita numa base norte-americana no último ano da guerra do Vietnã em Dragão Verde, realizado em 2001, com Forest Whitaker.

- Nesse mesmo ano de 2001 teve uma de suas últimas grandes interpretações como um guru de auto-ajuda com tendências pedófilas no clássico cult de ficção científica Donnie Darko, com Jake Gylenhaal, Jena Malone e Drew Barrymore.

- Participou em 2002 da comédia Seu Marido e Minha Mulher, onde faz um marido que descobre que a mulher o trai e engravidou do melhor amigo durante uma viagem estrada à fora (sim, outro road movie!), ao lado de Billy Bob Thorton, Charlize Theron e da também recentemente falecida Natasha Richardson.

- Em 2003 produziu e estrelou com sua esposa Lisa Niemi o musical A Última Dança, dirigido por ela, sobre três bailarinos que precisam resolver velhos conflitos para executarem uma coreografia que salvaria sua academia de dança neste que talvez tenha sido seu último grande papel no cinema.

- Também em 2003 se juntou ao elenco do intrigante filme 11:14, juntamente com Hilary Swank e Barbara Hershey.

- Ainda em 2003 deu vida ao mesmo personagem que Richard Gere fez no cinema numa montagem da Broadway do musical Chicago que alcançou enorme sucesso.

- Em 2004 trabalhou na "continuação" de Dirty Dancing, Dirty Dancing 2 - Noites de Havana, que apenas ambienta a mesma história do rapaz dançarino e pobre que se apaixona pela moça rica na Cuba dos anos 50. No filme Swayze faz apenas uma participação como um instrutor de dança.

- Ainda em 2004 atuou com James Purefoy, Piper Perabo e Michael Clarke Duncan no filme alemão de fantasia O Cavaleiro e o Dragão.

- Também neste ano estrelou uma nova versão de As Minas do Rei Salomão feita para a televisão.

- Em 2005 participou como um professor de golfe cafajeste da comédia de humor negro inglesa De Bico Calado, com Rowan Atikinson (o Mr. Bean), Maggie Smith e Kristin Scott Thomas.

- Fez sua última apresentação teatral no musical Guys and Dolls em Londres, no ano de 2006.

- No mesmo ano integrou o elenco de dublagem da animação de longa-metragem O Cão e a Raposa 2, sequência do clássico da Disney.

- Atuou como um advogado que defende um fotógrafo judeu acusado matar o próprio pai na Áustria nazista no drama histórico de tribunal Sentença de Um Assassino, de 2007.

- Também em 2007 estrelou a comédia natalina Christmans in Wonderland, como um pai que viaja com os filhos e enfrenta uma quadrilha de falsários no Natal.

- Interpretou o dono de uma boate no drama Power Blue, com Jessica Biel e Forest Withaker, já diagnosticado com câncer no pâncreas, em 2009.

- Mesmo sabendo de sua condição, neste mesmo ano decidiu seguir trabalhando aceitando estrelar na televisão na elogiada série policial The Beast e entregando não só sua última, mas uma das melhores atuações da sua carreira.

- Escreveu junto com a mulher sua autobiografia, The Time of MyLife (nome da música mais famosa de Dirty Dancing), que será lançada em setembro.

- Foi intérprete da música She's Like the Wind (de Dirty Dancing) reutilizada na elogiada trilha do aguardado romance 500 Dias Com Ela, que será lançado em outubro nos cinemas. Provavelmente o seu último trabalho.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

TOP TOTAL: 5 Melhores Mocinhas das Histórias em Quadrinhos


Elas não são super-heroínas, tão pouco vilãs, mas estão sempre ao lado dos heróis em grandes aventuras. Confira, elogie ou discorde desse top feito especialmente para homenagear aquelas que pra uns são amadas e pra outros são simplesmente os seres mais desnecessários das HQs depois os ajudantes-mirins: As mocinhas.







5 - JANE PORTER - A PIONEIRA


Praticamente o conceito de mocinha nas histórias de heróis nasceu quando Tarzan disse: "Mim Tarzan. Tu Jane"... Bom, pra falar a verdade ele nunca disse isso, mas o que importa é que daí nasceu no inconsciente coletivo a noção de companheira do herói. Jane Porter foi criada em 1912 em livros de Edgar Rice Burroughs como uma americana de Baltimore, que o cinema popularizou como inglesa, compatriota de Lorde Greystoke, o Tarzan.
Ela conheceu e se encantou com o Homem-Macaco durante uma expedição à África, mas por ele desistir de tentar viver na civilização os dois se separam no fim do primeiro livro, Tarzan dos Macacos (ou Tarzan, O Filho das Selvas). Porém, ela decide ir viver com ele no seguinte, A Volta de Tarzan, atitude que deve ter chocado muita gente na época, mas que ao mesmo tempo contribuiu para aumentar o fascínio da lenda, a qual a alguns anos ganhou nova roupagem com a animação dos Estúdios Disney. Não só o cinema, mas também as HQs herdaram essa história e ajudaram Jane a se tornar uma das personagens mais icônicas da ficção, principalmente no traço de Hal Foster e Burne Hogarth.
Afinal, ela é tão popular que se alguém no nosso país pronunciar o nome dela certo, ninguém a reconheceria. Inclusive, dizem que toda vez que Jane partia da selva, Tarzan, em sua tristeza, se punha a cantarolar: "Nãããããããõooo se váááááá... Não me abandone por favor, pois sem vc vou ficar louco!" hehehehehe!!!! Com inúmeras intérpretes (da personagem, não da canção) Jane foi vivida nas telas desde Maureen O'Sullivan até Andy MacDowell, passando por Bo Derek num filme péssimo que só tinha como atrativo a sensualidade da atriz.




4 - SILVER ST. CLOUD - A INFLUENTE


A primeira vez que ouvi falar em Silver St. Cloud foi num quadrinho aonde Bruce Wayne se fechava em si, pensativo, ao ouvir seu nome, enquanto o narrador dizia que ela foi o grande amor do Batman. Criada em 1977 por Steve Englehart e Marshall Rogers, Silver era uma socialite e promotora de eventos que conheceu e se apaixonou por Bruce Wayne.
A grande sacada de Englehart é que até então todas as namoradas de Bruce eram itens de decoração, enquanto ela, ainda que belíssima, tinha uma inteligência à altura do Cavaleiro das Trevas. Tanto que acabou deduzindo que seu amado era o Batman e foi a primeira mulher que chegou a fazê-lo pensar em largar a capa e levar uma vida normal. No entanto, afastou-se dele por não suportar viver com quem sempre correria o perigo de nunca voltar vivo. Retornou anos depois comprometida com outro, mas a paixão reacendeu novamente, provando que, mesmo estando atualmente separados, Bruce e Silver tem uma ligação muito forte.
Vocês podem a princípio não saber quem é Silver St. Cloud, já que parte de sua história permanece inédita no Brasil (assim com outras excelentes histórias do Morcego), mas com certeza a conhecem, pois esta personagem inspirou praticamente TODAS as namoradas do Batman que vieram depois em diferentes mídias : a Rachel Caspian da HQ Batman Ano Dois, a Sacha Bourdeax da HQ Fugitivo, a Jezebel Jet da atual Descanse em Paz, a Andrea Beaumont da animação A Máscara do Fantasma, a Vicky Vale do longa Batman - O Filme (que inclusive seria a Silver no roteiro original) e a Rachel Dawes dos longas Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas... todas tem algo em comum com a única mulher pra quem eu já vi o Cruzado Encapuzado dizer "Eu te amo".








3 - GWEN STACY - A INESQUECÍVEL


Minha personagem preferida da lista, Gwendolyn Stacy era gente como a gente. Criada em 1968 por Stan Lee e Steve Ditko, aparentava ser só a patricinha convencida que pegava no pé do nerd Peter Parker, mas acaba se revelando uma adolescente tão insegura quanto o alvo de suas investidas pouco românticas. Se a Marvel sempre passou a sensação de dar aos gibis um ar de "novela", no bom sentido, a principal razão do Homem-Aranha ser a melhor "novela" era o romance entre Peter e Gwen.
Com o tempo os amadurecem juntos e se tornam amigos, mas demoram uma eternidade pra começar a namorar e mesmo depois sua paixão viveu sempre à sombra da vida secreta dele como Homem-Aranha. Nem adiantaria eumerar aqui a quantidade de histórias importantes que de alguma foma envolveram a loirinha. Praticamente 80% dos momentos mais relevantes do Cabeça-de-Teia tiveram uma participação direta ou indireta dela. Tanto que outros romances com outras mulheres como Mary Jane Watson e Felicia Hardy acabavam repetindo algumas cenas já vividas pelo casal Peter e Gwen. Além disso, na contramão da maioria das mocinhas, Gwen ora odiava, ora desprezava o Homem-Aranha, mas amava demais sua identidade secreta.
O maior revés no caminho deles foi sem dúvida a trágica morte do pai dela, na qual o Herói Aracnídeo se envolveu. Mas que no fim, contra todas as perspectivas, acabou fortalecendo o amor deles, o qual só encontrou obstáculo incontornável quando o Duende Verde matou Gwen Stacy. Até hoje lembrar que o arquiinimigo do Aranha soube de sua identidade secreta e matou sua namorada é tão inenarravelmente chocante que nada foi tão terrível na sua vida antes e nada foi tão relembrado depois. Jamais uma mocinha da importância da Gwen havia morrido, mas mesmo após tanto tempo da sua morte e tantos retcons idiotas que tentam denegrir o passado da personagem, ela permanece bastante presente como uma ferida que não cicatrizou, pois ficou pra sempre na alma de Peter.
Ainda que tenha sido perfeitamente retratada por Bryce Dallas Howard no sofrível longa Homem-Aranha 3, foi no desenho animado Espetacular Homem-Aranha que Gwen teve seu grande momento fora das HQs.




2 - LOIS LANE - A ETERNA


Essa dispensa apresentações. É a prova incontestável que até mesmo um tipo de personagem considerado clichê e até machista pode alcançar um nível de popularidade surpreendente. Lois foi criada por Jerry Siegel e Joe Shuster já na primeira história do Superman em 1938 e nunca mais foi embora. Um dos grandes atrativos da revista do Último Kryptoniano foi sem dúvida um dos mais insólitos triângulos amorosos já imaginados: o tímido repórter Clark Kent amava sua colega, a intrépida e efusiva jornalista Lois Lane, que por sua vez amava o Superman... que era na verdade o próprio Clark Kent! Ou seja, Clark Kent foi o primeiro e único "Ricardão de si mesmo"!
Na Era de Ouro das HQs Lois (que no Brasil passou anos sendo chamada de Miriam!) ainda não sobressaia muito do clichê da donzela em perigo e sua natural evolução foi adiada anos depois, como a de outros personagens dos comics, graças ao infame código de censura que aterrorizou os quadrinhos a partir dos anos 50. Neste tempo ela limitou-se a ser uma mocinha tola que queria desposar o Homem de Aço a qualquer custo em aventuras cada vez mais surreais.
O cenário começou a mudar nos anos 70 quando, incentivados pelo crescente movimento feminista, os autores trabalharam sua personalidade de forma que ali ela começou a se tornar a mulher independente e geniosa que todos conhecemos hoje... e que já passou o rodo em metade dos heróis do Universo DC, ficando com Batman, Aquaman, Arqueiro Verde e até o desconhecido Predador, pra só depois namorar sério com Clark Kent, que também deu suas "ciscadas" por aí, na Terra, no espaço, ou até debaixo d'água (Lori Lemaris que o diga!), mas que sempre terminava voltando pra Lois.
Apesar de muitos a acharem a mulher mais burra do universo por não reconhecer o amor de sua vida por causa de um par de óculos, o carisma de Lois a tornou a mais popular das mocinhas dos gibis, tanto que, além de aparecer em praticamente todas as adaptações do Super pra outras mídias vivida por diferentes atrizes, ainda teve a honra de ver seu nome vir primeiro no título de uma delas, a série Lois & Clark - As Novas Aventuras do Superman. No decorrer do tempo ela descobriu a identidade secreta do herói e casou com ele e os "três" passaram a viver muito bem, obrigado. Afinal, todo mundo sabe que o ponto fraco do Super não é kryptonita. É a Lois Lane.





1 - DIANA PALMER - A MELHOR


E chegamos à Diana Palmer, atualmente Diana Palmer Walker. Na verdade ela me motivou a criar essa lista. Diana é sem sombra de dúvida a mais completa de todas as "namoradinhas" dos heróis. Tanto que fica até estranho aplicar este termo a personagem. Criada por Lee Falk e Ray Moore ela é praticamente a protagonista das primeiras tiras do Fantasma. E não é só isso. Sua primeira aparição é lutando boxe e no primeiro arco de histórias aparece o tempo todo de maiô, enquanto ajuda o Espírito Que Anda a lutar contra os piratas. Em outra ocasião é mostrada tomando banho com as costas nuas. Isso em 1936!
Diana era uma mulher totalmente fora dos padrões da época, assumira os negócios do pai, era independente, determinada, sensual, aventureira e corajosa. Era tudo o que a Lois Lane levou 40 anos pra se tornar já antes da criação da Lois e do próprio Superman. Arrebatou o coração de Kit Walker, a identidade secreta do Fantasma, de tal forma que mesmo à mercê das mais estonteantes vilãs, o herói só conseguia pensar em Diana. E não era pra menos. Campeã olímpica de natação, faixa preta de judô, sabia atirar, montar e pilotar, participando ativamente da ação da trama, da qual o Fantasma sempre arrumava uma pausa pra tascar um beijo em Diana. Tempos depois a personagem foi trabalhar na ONU em missões humanitárias. Acaba, como várias mocinhas que duram muito nas revistas, descobrindo a identidade do Espírito Que Anda.
Mas Diana foi além. Em 1977 ela foi a primeiríssima mocinha a conseguir arrastar um herói pro altar. E não foi só juntar os trapinhos como a Jane e o Tarzan não. O Fantasma casou com Diana com direito à véu e grinalda... e pigmeus como convidados. Aliás, diferente do caso da Jane, Diana colocou como condição viver separada do marido e suas aventuras na selva de Bengala na África para poder continuar trabalhando na ONU, o que não os impediu de seguirem com uma união estável e terem até filhos gêmeos.
Carácules! A mulher é tudo aquilo que os autores almejam pra esse tipo de personagem. Ela não se limita a ter uma personalidade arrojada. Dá um banho de atitude em relação às demais provando ser a mais digna companheira possível pra um herói. Infelizmente nunca teve uma adaptação à altura pro cinema, onde puseram a sem-graça da Kristy Swanson que parece mais uma filhinha-de-papai. E ainda por cima me colocam o Billy Zane de Fantasma.

domingo, 6 de setembro de 2009

SBT anuncia estréia de Harper's Island - O Mistério da Ilha



Fiquei sabendo da existência dessa série graças ao blog Clarim Diário do meu amigo Mac, que me deixou bastante curioso sobre a mesma. Agora o SBT anuncia a estréia dela para o dia 14/09, segunda, às 21:00.
Harper's Island - O Mistério da Ilha conta a história de um casamento realizado na Ilha Harper, local marcado sete anos antes por um massacre promovido por um assassino chamado John Wackfield. Durantes as comemorações das bodas, inesperadamente novos assassinatos começam a ocorrer no decorrer dos 13 capítulos da série enquanto o público, em meio a um clima de suspense e terror, tenta descobrir quem entre os 25 suspeitos está cometendo os crimes. Não se deixe enganar pela alegre imagem acima. A história guarda momentos tenebrosos.

Claramente inspirada no livro O Caso dos Dez Negrinhos (uma das obras-primas de Agatha Cristie), com um estilo que lembra os slasher movies e um quê de Lost, a série será exibida pela emissora de Sílvio Santos de segunda a sexta-feira numa óbvia tentativa de concorrer com a estréia da nova novela da Globo, Viver a Vida.
No passado o SBT fez a mesma coisa com outra série de mistério com poucos capítulos, Reunion, com o singelo detalhe de que esta havia sido cancelada nos EUA e, portanto, o SBT a comprou sem final! Felizmente esse não é o caso de Harper's Island - O Mistério da Ilha, que promete ser um ótimo entretenimento pra quem não pode contar com TV por assinatura.