sexta-feira, 11 de setembro de 2009

TOP TOTAL: 5 Melhores Mocinhas das Histórias em Quadrinhos


Elas não são super-heroínas, tão pouco vilãs, mas estão sempre ao lado dos heróis em grandes aventuras. Confira, elogie ou discorde desse top feito especialmente para homenagear aquelas que pra uns são amadas e pra outros são simplesmente os seres mais desnecessários das HQs depois os ajudantes-mirins: As mocinhas.







5 - JANE PORTER - A PIONEIRA


Praticamente o conceito de mocinha nas histórias de heróis nasceu quando Tarzan disse: "Mim Tarzan. Tu Jane"... Bom, pra falar a verdade ele nunca disse isso, mas o que importa é que daí nasceu no inconsciente coletivo a noção de companheira do herói. Jane Porter foi criada em 1912 em livros de Edgar Rice Burroughs como uma americana de Baltimore, que o cinema popularizou como inglesa, compatriota de Lorde Greystoke, o Tarzan.
Ela conheceu e se encantou com o Homem-Macaco durante uma expedição à África, mas por ele desistir de tentar viver na civilização os dois se separam no fim do primeiro livro, Tarzan dos Macacos (ou Tarzan, O Filho das Selvas). Porém, ela decide ir viver com ele no seguinte, A Volta de Tarzan, atitude que deve ter chocado muita gente na época, mas que ao mesmo tempo contribuiu para aumentar o fascínio da lenda, a qual a alguns anos ganhou nova roupagem com a animação dos Estúdios Disney. Não só o cinema, mas também as HQs herdaram essa história e ajudaram Jane a se tornar uma das personagens mais icônicas da ficção, principalmente no traço de Hal Foster e Burne Hogarth.
Afinal, ela é tão popular que se alguém no nosso país pronunciar o nome dela certo, ninguém a reconheceria. Inclusive, dizem que toda vez que Jane partia da selva, Tarzan, em sua tristeza, se punha a cantarolar: "Nãããããããõooo se váááááá... Não me abandone por favor, pois sem vc vou ficar louco!" hehehehehe!!!! Com inúmeras intérpretes (da personagem, não da canção) Jane foi vivida nas telas desde Maureen O'Sullivan até Andy MacDowell, passando por Bo Derek num filme péssimo que só tinha como atrativo a sensualidade da atriz.




4 - SILVER ST. CLOUD - A INFLUENTE


A primeira vez que ouvi falar em Silver St. Cloud foi num quadrinho aonde Bruce Wayne se fechava em si, pensativo, ao ouvir seu nome, enquanto o narrador dizia que ela foi o grande amor do Batman. Criada em 1977 por Steve Englehart e Marshall Rogers, Silver era uma socialite e promotora de eventos que conheceu e se apaixonou por Bruce Wayne.
A grande sacada de Englehart é que até então todas as namoradas de Bruce eram itens de decoração, enquanto ela, ainda que belíssima, tinha uma inteligência à altura do Cavaleiro das Trevas. Tanto que acabou deduzindo que seu amado era o Batman e foi a primeira mulher que chegou a fazê-lo pensar em largar a capa e levar uma vida normal. No entanto, afastou-se dele por não suportar viver com quem sempre correria o perigo de nunca voltar vivo. Retornou anos depois comprometida com outro, mas a paixão reacendeu novamente, provando que, mesmo estando atualmente separados, Bruce e Silver tem uma ligação muito forte.
Vocês podem a princípio não saber quem é Silver St. Cloud, já que parte de sua história permanece inédita no Brasil (assim com outras excelentes histórias do Morcego), mas com certeza a conhecem, pois esta personagem inspirou praticamente TODAS as namoradas do Batman que vieram depois em diferentes mídias : a Rachel Caspian da HQ Batman Ano Dois, a Sacha Bourdeax da HQ Fugitivo, a Jezebel Jet da atual Descanse em Paz, a Andrea Beaumont da animação A Máscara do Fantasma, a Vicky Vale do longa Batman - O Filme (que inclusive seria a Silver no roteiro original) e a Rachel Dawes dos longas Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas... todas tem algo em comum com a única mulher pra quem eu já vi o Cruzado Encapuzado dizer "Eu te amo".








3 - GWEN STACY - A INESQUECÍVEL


Minha personagem preferida da lista, Gwendolyn Stacy era gente como a gente. Criada em 1968 por Stan Lee e Steve Ditko, aparentava ser só a patricinha convencida que pegava no pé do nerd Peter Parker, mas acaba se revelando uma adolescente tão insegura quanto o alvo de suas investidas pouco românticas. Se a Marvel sempre passou a sensação de dar aos gibis um ar de "novela", no bom sentido, a principal razão do Homem-Aranha ser a melhor "novela" era o romance entre Peter e Gwen.
Com o tempo os amadurecem juntos e se tornam amigos, mas demoram uma eternidade pra começar a namorar e mesmo depois sua paixão viveu sempre à sombra da vida secreta dele como Homem-Aranha. Nem adiantaria eumerar aqui a quantidade de histórias importantes que de alguma foma envolveram a loirinha. Praticamente 80% dos momentos mais relevantes do Cabeça-de-Teia tiveram uma participação direta ou indireta dela. Tanto que outros romances com outras mulheres como Mary Jane Watson e Felicia Hardy acabavam repetindo algumas cenas já vividas pelo casal Peter e Gwen. Além disso, na contramão da maioria das mocinhas, Gwen ora odiava, ora desprezava o Homem-Aranha, mas amava demais sua identidade secreta.
O maior revés no caminho deles foi sem dúvida a trágica morte do pai dela, na qual o Herói Aracnídeo se envolveu. Mas que no fim, contra todas as perspectivas, acabou fortalecendo o amor deles, o qual só encontrou obstáculo incontornável quando o Duende Verde matou Gwen Stacy. Até hoje lembrar que o arquiinimigo do Aranha soube de sua identidade secreta e matou sua namorada é tão inenarravelmente chocante que nada foi tão terrível na sua vida antes e nada foi tão relembrado depois. Jamais uma mocinha da importância da Gwen havia morrido, mas mesmo após tanto tempo da sua morte e tantos retcons idiotas que tentam denegrir o passado da personagem, ela permanece bastante presente como uma ferida que não cicatrizou, pois ficou pra sempre na alma de Peter.
Ainda que tenha sido perfeitamente retratada por Bryce Dallas Howard no sofrível longa Homem-Aranha 3, foi no desenho animado Espetacular Homem-Aranha que Gwen teve seu grande momento fora das HQs.




2 - LOIS LANE - A ETERNA


Essa dispensa apresentações. É a prova incontestável que até mesmo um tipo de personagem considerado clichê e até machista pode alcançar um nível de popularidade surpreendente. Lois foi criada por Jerry Siegel e Joe Shuster já na primeira história do Superman em 1938 e nunca mais foi embora. Um dos grandes atrativos da revista do Último Kryptoniano foi sem dúvida um dos mais insólitos triângulos amorosos já imaginados: o tímido repórter Clark Kent amava sua colega, a intrépida e efusiva jornalista Lois Lane, que por sua vez amava o Superman... que era na verdade o próprio Clark Kent! Ou seja, Clark Kent foi o primeiro e único "Ricardão de si mesmo"!
Na Era de Ouro das HQs Lois (que no Brasil passou anos sendo chamada de Miriam!) ainda não sobressaia muito do clichê da donzela em perigo e sua natural evolução foi adiada anos depois, como a de outros personagens dos comics, graças ao infame código de censura que aterrorizou os quadrinhos a partir dos anos 50. Neste tempo ela limitou-se a ser uma mocinha tola que queria desposar o Homem de Aço a qualquer custo em aventuras cada vez mais surreais.
O cenário começou a mudar nos anos 70 quando, incentivados pelo crescente movimento feminista, os autores trabalharam sua personalidade de forma que ali ela começou a se tornar a mulher independente e geniosa que todos conhecemos hoje... e que já passou o rodo em metade dos heróis do Universo DC, ficando com Batman, Aquaman, Arqueiro Verde e até o desconhecido Predador, pra só depois namorar sério com Clark Kent, que também deu suas "ciscadas" por aí, na Terra, no espaço, ou até debaixo d'água (Lori Lemaris que o diga!), mas que sempre terminava voltando pra Lois.
Apesar de muitos a acharem a mulher mais burra do universo por não reconhecer o amor de sua vida por causa de um par de óculos, o carisma de Lois a tornou a mais popular das mocinhas dos gibis, tanto que, além de aparecer em praticamente todas as adaptações do Super pra outras mídias vivida por diferentes atrizes, ainda teve a honra de ver seu nome vir primeiro no título de uma delas, a série Lois & Clark - As Novas Aventuras do Superman. No decorrer do tempo ela descobriu a identidade secreta do herói e casou com ele e os "três" passaram a viver muito bem, obrigado. Afinal, todo mundo sabe que o ponto fraco do Super não é kryptonita. É a Lois Lane.





1 - DIANA PALMER - A MELHOR


E chegamos à Diana Palmer, atualmente Diana Palmer Walker. Na verdade ela me motivou a criar essa lista. Diana é sem sombra de dúvida a mais completa de todas as "namoradinhas" dos heróis. Tanto que fica até estranho aplicar este termo a personagem. Criada por Lee Falk e Ray Moore ela é praticamente a protagonista das primeiras tiras do Fantasma. E não é só isso. Sua primeira aparição é lutando boxe e no primeiro arco de histórias aparece o tempo todo de maiô, enquanto ajuda o Espírito Que Anda a lutar contra os piratas. Em outra ocasião é mostrada tomando banho com as costas nuas. Isso em 1936!
Diana era uma mulher totalmente fora dos padrões da época, assumira os negócios do pai, era independente, determinada, sensual, aventureira e corajosa. Era tudo o que a Lois Lane levou 40 anos pra se tornar já antes da criação da Lois e do próprio Superman. Arrebatou o coração de Kit Walker, a identidade secreta do Fantasma, de tal forma que mesmo à mercê das mais estonteantes vilãs, o herói só conseguia pensar em Diana. E não era pra menos. Campeã olímpica de natação, faixa preta de judô, sabia atirar, montar e pilotar, participando ativamente da ação da trama, da qual o Fantasma sempre arrumava uma pausa pra tascar um beijo em Diana. Tempos depois a personagem foi trabalhar na ONU em missões humanitárias. Acaba, como várias mocinhas que duram muito nas revistas, descobrindo a identidade do Espírito Que Anda.
Mas Diana foi além. Em 1977 ela foi a primeiríssima mocinha a conseguir arrastar um herói pro altar. E não foi só juntar os trapinhos como a Jane e o Tarzan não. O Fantasma casou com Diana com direito à véu e grinalda... e pigmeus como convidados. Aliás, diferente do caso da Jane, Diana colocou como condição viver separada do marido e suas aventuras na selva de Bengala na África para poder continuar trabalhando na ONU, o que não os impediu de seguirem com uma união estável e terem até filhos gêmeos.
Carácules! A mulher é tudo aquilo que os autores almejam pra esse tipo de personagem. Ela não se limita a ter uma personalidade arrojada. Dá um banho de atitude em relação às demais provando ser a mais digna companheira possível pra um herói. Infelizmente nunca teve uma adaptação à altura pro cinema, onde puseram a sem-graça da Kristy Swanson que parece mais uma filhinha-de-papai. E ainda por cima me colocam o Billy Zane de Fantasma.

5 comentários:

Caco Polegatto disse...

Adorei a lista, pegou vários lados da personagem da "mocinha".

Unknown disse...

ai..ai.. Gwen.. realmente ela foi A mocinha na vida de um heróis.. não acompnho profundamente nenhuma das outras citadas aí, mas a Gwen, mesmo eu só a tendo conhecido após sua morte, a primeira vez que li a história de sua morte foi inesquecível. eu já sabia o que ia acontecer..mesmo assi, aquele pequeno "snap" ficou gravado na memória..

realmente, a Gwen da série espetacular, ficou perfeita.. espero que tenha mais temporadas, para qu eo relacionamento deles possa evoluir

Alê Reichemback disse...

Assim como o Mac, também não acompanho muito das demais mocinhas. Minha lista incluiria Lois Lane, Karen Page e por aí vai.

Mas isso é normal, toda lista é 'injusta'. Até as de Miss. Rsrs.

De qualquer modo, concordo com o que o Capitão disse na comunidade, pois também acho mais bacana o Bátima com vilões.

Alê Reichemback disse...

sse

Alê Reichemback disse...

Só hoje vi que tinha Lois Lane na lista! O.o